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Entidades de proteção à mulher salientam a importância da denúncia de violência doméstica em meio à pandemia

por Isadora Helena Martins

Conforme os indicadores de criminalidade do RS, o número de denúncias caiu após o início do isolamento social, porém, o número de feminicídios aumentou 71,4% no quadrimestre

Foto: Divulgação/EBC

A Secretaria de Segurança Pública divulgou, na última semana, os indicadores de criminalidade do Rio Grande do Sul. Devido ao distanciamento social ocasionado pela pandemia do coronavírus, a maioria dos índices apresentou queda, o que não foi o caso do feminicídio.

Segundo os dados, de janeiro a abril, 36 feminicídios foram registrados no estado, enquanto no mesmo período do ano passado foram 21, ou seja, houve um aumento de 71,4%. Porém o número de registros de outros crimes como ameaça, lesão corporal, estupros e tentativas de feminicídio apresentou queda com o passar dos meses.

Em Caxias do Sul os dados do Monitoramento dos Indicadores de Violência Contra as Mulheres no RS apontam que houve um feminicídio consumado nos primeiros quatro meses do ano. Mas, o município também seguiu a tendência de queda nos registros de outros crimes. Conforme a responsável pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, delegada Carla Zanetti, os dados apontavam um aumento da violência contra a mulher mesmo antes do início da pandemia. Ela ponderou que as denúncias diminuíram nos meses seguintes, mas destacou que as vítimas precisam continuar denunciando. “Nós estamos fazendo os encaminhamentos das solicitações de medida protetiva normalmente. Mas, por conta do distanciamento social, muitas pessoas optam por ficar em casa e não ir até a delegacia pra solicitar a medida protetiva. Mas, temos a delegacia online para que a vítima faça o registro do Boletim de Ocorrência”.

O Centro de Referência da Mulher de Caxias do Sul também divulgou que os atendimentos de mantiveram no mesmo patamar do período pré-pandemia. De 19 de março, quando iniciou o isolamento social, até o dia 15 de maio, o Centro atendeu 199 mulheres, totalizando 345 atendimentos no ano. Segundo a entidade, o dado é preocupante, pois conflitos dentro dos lares e violência doméstica tendem a se intensificar nesse período.

Segundo a titular da DEAM, não há como saber exatamente se as denúncias diminuíram por conta da dificuldade, uma vez que vítima e agressor estão convivendo por mais tempo no mesmo local. Mas, orientou que as mulheres que estão sendo agredidas procurem ajuda, seja junto aos órgãos competentes ou com alguém de confiança. Ouça a entrevista completa AQUI. 

Para possibilitar que as denúncias sejam feitas de outras formas além do telefone ou presencialmente, o Governo Federal lançou canais online, onde as vítimas podem delatar seus agressores.

 

Veja alguns canais disponíveis para denúncias de agressão:

1-A equipe do Centro de Referência da Mulher está realizando monitoramento e orientações pelo telefone (54) 3218.6112, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h.

2-Em caso de urgência a mulher deverá ligar para o 190 ou se dirigir ao Plantão da Polícia no endereço: Rua Irmão Miguel Dário, 1061, Jardim América. Telefone: (54)3214.8876

3-Mulheres com risco de morte e sem lugar seguro para ficar, serão acolhidas na Casa de Apoio Viva Raquel, mediante registro de Boletim de Ocorrência.

4-Informações e orientações sobre Registro de Ocorrência ligar para a Delegacia Especializada de Atendimento da Mulher (54) 3220.9280.

5- Registros de Boletim de Ocorrência também podem ser feitos no site da Delegacia online do RS.

5-Denúncias anônimas de caráter não emergencial deverão ser feitas no Disque 100 ou Ligue 180, ou no aplicativo “Mulher Brasil”.

6- No aplicativo “Direitos Humanos BR”, que está disponível para os sistemas Android e IOS, e apresenta um passo a passo completo para que o denunciante registre a reclamação de maneira prática e segura.

Site 

O site ouvidoria.mdh.gov.br – que também poderá ser acessado dos endereços disque100.mdh.gov.br e ligue180.mdh.gov.br –, além de ofertar os serviços usuais e espaço para denúncias, disponibiliza áreas com indicadores sobre violências com base em levantamentos feitos pela ONDH, notícias relacionadas com o tema e perguntas frequentes. Esta última área apresenta informações diretas e relevantes, relacionadas com direitos do idoso e da mulher, definições de algumas doenças e até como lidar com vítimas.

 

 

 

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