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Caso Magnabosco: moradores do Primeiro de Maio temem ser retirados de suas casas, afirma a presidente do bairro

Baixar Áudio por Rodrigo Fischer

Prefeitura de Caxias do Sul perdeu a ação rescisória, nesta semana, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ)

Foto: Daniel Rodrigues/Divulgação

O Caso Magnabosco é caracterizado pelo embate judicial entre a Prefeitura de Caxias do Sul e a família. O poder público procura tirar sua responsabilidade pela ocupação do terreno, onde se encontra o bairro Primeiro de Maio, e o outro lado tenta uma indenização do Executivo que chega a R$ 820 milhões, conforme cálculos da defesa. O impasse gera um terceiro interessado no tema: os próprios moradores do Primeiro de Maio.

Mesmo que a ação tenha como atores principais os Magnabosco e a Prefeitura caxiense, a comunidade não sabe o que pode acontecer. Conforme a presidente do bairro, Ilves Maria Teixeira, as pessoas temem que sejam retiradas de suas casas por causa da situação irregular. Ela conta que se mobilizaram a fim de ajudar no pagamento da dívida, porém foi dito que a situação era com o Executivo.

“Eles temem que nos tirem do bairro. Teve vários moradores que se disponibilizaram a pagar, só que a conversa era que queriam cobrar da prefeitura e não da gente. Mas isso prejudica a gente.”

A ocupação impacta em outras áreas do cotidiano da comunidade. Por causa da irregularidade, Teixeira afirma que deixa de dar vida a diversos projetos, como organizar ações culturais no Centro Comunitário, construir uma creche e uma Unidade Básica de Saúde (UBS) que o bairro não possui. Ela aproveita para falar sobre os problemas que o Primeiro de Maio sofre.

“Olha, eu não consigo um projeto para o Centro Comunitário, uma creche e um posto de saúde. Nada eu consigo. Agora por último estão demorando a atender a manutenção do bairro. Tenho esgoto entupido e tem lâmpada queimada.”

Há 21 anos na liderança do bairro, ela comenta que procurou conversar com o poder público no intuito de regularizar a situação, porém a justificativa era de que deveria esperar o processo de indenização em andamento. A presidente comunitária ainda deixa sua opinião sobre o caso.

“Como que fica Caxias do Sul na saúde, na educação, na segurança e nos remédios para os postinhos? Como vai ficar?”

A Prefeitura de Caxias do Sul perdeu a ação rescisória movida para deixar da condição de réu no caso, nesta semana. A decisão foi do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por quatro votos a três em favor dos Magnabosco.

(Ouça a entrevista no "Ouvir notícia" abaixo da manchete).

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