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Campanha do DetranRS destaca importância dos motoboys na pandemia e pede reconhecimento aos profissionais

por Almeri T Angonese
Foto: Divulgação/ DtranRS

Cozinheiros, atendentes de farmácia, caixas de supermercado, caminhoneiros, motoboys. Esses são alguns dos heróis menos explícitos da pandemia. Eles continuaram se deslocando e trabalhando para que a população pudesse ficar em casa e ajudar a conter a disseminação do vírus. Não à toa, caminhoneiros e motociclistas foram os únicos que registraram aumento do número de mortes no trânsito no ano passado. Entre duas rodas, o aumento foi de 6% em relação a 2019, muito em função das tele-entregas e compras on-line.

Por isso, o DetranRS lançou nesta quinta-feira (8) uma campanha de reconhecimento àqueles que exercem essa profissão tão importante e ao mesmo tempo tão arriscada. Motoboys e motogirls trabalharam mais e sob grande pressão no último ano. Além da exposição ao vírus a que estiveram submetidos, também ficaram mais vulneráveis no trânsito devido ao aumento da demanda, mas também da concorrência.

Motogirl há 22 anos, Ana Paula Prudêncio de Moraes conta que pegou Covid duas vezes durante a pandemia, mas felizmente não se acidentou. “Por conta do desemprego, muita gente viu nas entregas uma alternativa. Então tivemos um aumento considerável de profissionais nas ruas, muitas vezes sem os requisitos e o preparo necessário: idade mínima, tempo de carteira e curso de motofretista, por exemplo”.

Em 2021, a acidentalidade entre os motociclistas segue crescendo no Rio Grande do Sul. De janeiro a abril de 2021, 138 pessoas perderam a vida sobre duas rodas, quatro a mais do que no mesmo período de 2020 e 12 a mais do que os quatro primeiros meses de 2019, antes da pandemia. A pressão e o risco fazem parte da rotina desses profissionais. No dia em que filmou a entrevista para o DetranRS, Ana Paula ainda estava sob o impacto da morte de um colega no dia anterior em um acidente com um motorista embriagado. “A pessoa que pediu a encomenda lá do outro lado, ela recebeu a entrega, mas não sabe que alguém morreu no caminho”.

O DetranRS entende que o primeiro passo para um trânsito mais humano é o reconhecimento do outro como um igual, como alguém que tem os mesmos direitos de trafegar naquela via com segurança, seja ele pedestre, ciclista, motociclista, passageiro, motorista de carro, ônibus ou caminhão. A campanha busca mostrar a face humana desses profissionais, aquela que não se consegue enxergar por trás do capacete (ou do preconceito), e promover uma convivência mais harmônica, não só no trânsito, mas nas relações. Assim como uma atenção redobrada ao “ponto cego” quando dirigindo, sinalizar com antecedência as manobras no trânsito, não cairia mal um sorriso por baixo da máscara, um bom dia/boa tarde/boa noite e um muito obrigado quando receber entregas.

Para a diretora institucional do DetranRS, Diza Gonzaga, “estamos vivendo em um cenário de sobrecarga física e emocional desses profissionais. Além das dificuldades habituais (intempéries, riscos no trânsito, preconceito), eles enfrentam agora um inimigo desconhecido e silencioso: a covid-19. Motoboys e motogirls manuseiam diariamente embalagens e têm contato com inúmeras pessoas, estando muito expostos ao vírus. Por isso, a campanha chama a atenção não só para a segurança no trânsito e a defesa da Vida em duas rodas, mas também clama por respeito e reconhecimento a esses profissionais que sem dúvida tem sido fundamentais para que possamos receber nossas encomendas sem exposição e o risco de contaminação”.

Desenvolvida pela agência SPR, com supervisão do DetranRS e da Secretaria Estadual de Comunicação, a campanha conta com comercial de TV, spot de rádio, peças para redes sociais e busdoors.

 

Fonte: DetranRS

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