Prédio do antigo Lanifício Sehbe sofre deterioração por falta de reparos
A estrutura foi alagada com as chuvas dos últimos dias
A denúncia foi feita pelo vereador Velocino Uez (PDT) durante a sessão desta quarta-feira (06). Conforme o parlamentar, desde que a Prefeitura de Caxias do Sul retomou a posse do prédio do antigo Lanifício Sehbe, que estava sendo utilizado pelo Clube de Mães, pela Associação de Moradores e outras entidades de Galópolis, a estrutura não teve mais manutenções.
“A maioria das salas está tomada de água, o parquê apodrecendo. Todo o equipamento para a instalação do pinheirinho na praça está lá dentro. O Município não tem prioridade nenhuma com esse pédio e tirou o poder da população de ajudar onde as mãos do Município não alcançam”, salientou.
O prédio foi interditado pelos bombeiros ainda em abril deste ano, sob a alegação de que haveria riscos de incêndio. Diante disso, o parlamentar também fez críticas ao poder público por não ter apresentado projetos para a revitalização do prédio, que é um Patrimônio Hostórico Cultural do Município: “É um descaso. É um patrimônio público indo para o lixo. As administrações passam e o prédio vai apodrecer como muitos outros na nossa cidade. Mas, naquela comunidade é o único espaço, foi reconhecido como Ponto de Cultura e o poder público não ofereceu nada de projeto para que se possam buscar melhorias para aquele prédio”.
Sobre o alagamento, o secretário da Cultura, Joelmir da Silva Neto, afirmou que foi uma consequências das fortes chuvas nos últimos dias: “A gente teve essa situação climática um pouco exagerada, com excesso de chuvas que, com certeza, não só no prédio do lanifício, mas em outros também tivemos o problema da entrada de água. O prédio oferece riscos para a ocupação momentânea o que demanda a elaboração de projeto arquitetônico para restauro e revitalização. Isso a gente está avaliando com a Secretaria de Planejamento, claro que na ordem das prioridades, para que seja feito o quanto antes para que seja dada a destinação do espaço”.
Questionado se a prefeitura fez alguma manutenção no prédio desde que reintegrou a posse do local, o secretário respondeu: “Para as manutenções a prefeitura sempre demanda de um processo licitatório, a contratação de uma empresa. Então isso demanda um prazo que realmente foge um pouco do controle. E foi uma condição climática que, mesmo com as calhas limpas, poderia ter entrado água. Então, a gente vai fazer uma vistoria no local para ver se de repente uma telha foi removida com o vento ou se foi só a calha. Mas, isso são etapas que a gente precisa fazer respeitando os prazos legais, e isso, muitas vezes, é mais lento do que a gente tenha vontade que aconteça”.
Quanto a prazos, o secretário não mencionou quando devem ser apresentados os projetos de restauro da edificação do antigo Lanifício Sehbe nem de ocupação do local.
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