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Delegado de polícia de Garibaldi fala dos três casos de homicídio e tentativa ocorridos em Garibaldi

Baixar Áudio por Denise Furlanetto
Foto: Divulgação

Em entrevista à Rádio Garibaldi, no debate desta quarta-feira, dia 19.08, o delegado Clóvis Rodrigues de Souza, afirmou que a disputa de espaço para venda de drogas é que está provocando estes homicídios, três em três dias e uma tentativa de homicídio.

No final da tarde de sábado, foi morto Cleidson de Lima Gomes, 24 anos, na rua Aroeira Precoce, bairro Bela Vista I. O apelido dele, Zé Pequeno, levou o nome a Operação Cidade de Deus. Segundo a investigação, Gomes era o responsável por um ponto de drogas no bairro São Francisco, inclusive ele havia assaltado um mercado a pouco tempo no mesmo bairro.

Estava na condição de prisão domiciliar. Na terça-feira, foram mortos Jonatan Fraporti, 21 anos, morador de Bento Gonçalves e Deise  Jaqueline Galves, 24 anos. O corpo de Fraporti foi sepultado em Bento e de Deise em Carlos Barbosa. Houve a tentativa de homicídio de uma moça de 21 anos, moradora do bairro Chácaras. Os crimes ocorreram no Vale Verde, no início da tarde. O alvo, a princípio, seria o casal de namorados: Jonatan e a moça baleada, de acordo com o que a polícia conseguiu apurar até o momento.

Um áudio vazou pelo whatsApp e muitas pessoas tiveram acesso. No áudio, a voz fala de comando, de poder, e ameaças entre duas facções Manos e os Bala na Cara, o que deixou a população amedrontada. O delegado diz que não teve acesso a esse áudio, mas responde que a polícia e Brigada Militar estão dando respostas ao tráfico de drogas, tranquilizando a população de que a polícia está organizada, realizando prisões e atenta a estas questões do consumo e do tráfico. A polícia civil e Brigada Militar não estão reféns do tráfico, porque as ocorrências de prisão continuam acontecendo. Os grupos criminosos estão na disputa de território, mas as forças da segurança estão preparadas para o enfrentamento.

(ouça a manifestação do delegado)

O delegado também trouxe dados históricos do mapeamento da criminalidade de Garibaldi. Diz que, por muitos anos, o município não apresentou nenhum homicídio, mas a partir de 2017 houve um divisor de águas, quando iniciou a traficância, também em função do aumento do consumo da droga. Este surgimento do tráfico na cidade, fez com que a polícia mudasse a sua forma de atuação. Os casos de morte começaram a ocorrer de forma cruel, com muitos disparos.

Ele também trouxe a informação de que em poucos dias elucidará a morte de uma pessoa que foi queimada viva em 2017 e depois morta a tiros, assim como de outros crimes.

O delegado diz que em 2018 passou a investigar os líderes dos grupos. E muitas dessas pessoas relacionadas ao tráfico de drogas estão presas. Foram desmantelados grupos, segundo ele, inclusive foi identificada a principal liderança de um grupo criminoso, e que fazia a sua gestão em Garibaldi dentro de um presídio. O delegado diz que conseguiu apresentar dados para que o mesmo fosse transferido para outra casa penitenciária e assim neutralizar a sua comunicação com pessoas daqui.

Em 2019, foram apresentados 19 inquéritos e 21 pessoas presas por tráfico em Garibaldi. Desde este momento, não há um líder local e por este motivo que estão ocorrendo estes homicídios pela disputa deste espaço de poder.

 

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