Você está ouvindo
Tua Rádio
Ao Vivo
20:00:00
Tua Essência
23:59:00
 
 

Justiça determina internação de pai que matou filho em Garibaldi, em dezembro de 2020

por Denise Furlanetto
Foto: Divulgação

A Justiça entendeu que Bruno Braz Parisotto, 39 anos, era totalmente incapaz de entender seus atos quando matou o filho Rafael Parisotto, de 2 anos e 11 meses, em Garibaldi, no dia 3 de dezembro de 2020. Por isso, foi imposta uma medida de segurança de internação em hospital de custódia pelo prazo mínimo de dois anos. Parisotto está internado no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), de Porto Alegre, desde a época do crime.

A sentença foi proferida na sexta-feira passada (27 de agosto). A decisão apresenta um laudo de insanidade mental, em que um referiu que o réu "recordava apenas que havia uma voz que mandava matar o filho". O relatório aponta que o réu se encontrava desorientado e que "no momento da ação criminosa havia incidência de conteúdo delirante místico, com presença de produção alucinatória auditiva".

O estudo técnico concluiu que o denunciado era, ao tempo da ação: “totalmente incapaz de entender o caráter ilícito de sua ação e totalmente incapaz de se determinar de acordo com este entendimento”. Na decisão, o juiz Gerson Martins da Silva reforça que esta circunstância foi ratificada pelas demais provas colhida nos autos. O processo contou com nove testemunhas, incluindo familiares, vizinhos e policiais militares que atenderam a ocorrência. Todos relatam que Parisotto era um bom pai e que estava feliz de morar com o filho, mas que aparentava estar surtado naquela noite.

A Brigada Militar, inclusive, foi acionada porque o homem estava correndo pelo condomónio, gritando e assustando os moradores, inclusive os que já lhe conheciam. Em seu depoimento, Parisotto não negou o crime, mas disse pouco recordar dos fatos. Ele afirmou que gostava muito do filho, o qual havia mudado sua vida. Alegou que nunca tivera episódios de surto psicótico como aquele e não fazia uso de nenhum medicamento, apenas um específico para crises de epilepsia.

 Alegou que sua primeira lembrança com consciência ocorreu no IPF e, por isso, não se recordava do tempo no presídio ou de agressões a agentes penitenciários. Parisotto afirmou que dormia com papel higiênico nos ouvidos, pois ouvia vozes. Na denúncia, o Ministério Público postulou o reconhecimento da inimputabilidade e recomendou a imposição de medida de segurança consistente em tratamento no Manicômio Judiciário. Parecer semelhante foi dado pela assistência de acusação, que representava a mãe  da vítima. Segundo a sentença, a desnecessidade de permanência da internação deverá ser atestada por meio de perícia médica realizada ao final do prazo de dois anos, o mínimo estabelecido.

 

Central de Conteúdo Unidade Tua Rádio Garibaldi

Enviar Correção

Comentários

Newsletter Tua Rádio

Receba gratuitamente o melhor conteúdo da Tua Rádio no seu e-mail e mantenha-se sempre atualizado.

Leia Mais