Prisão de investigado por abusos sexuais em Fontoura Xavier é requerida pela Polícia Civil e Judiciário indefere solicitações
Segundo a esponsável pela 24ª Delegacia de Polícia Civil, com sede em Soledade, um pedido foi pela prisão preventiva e o outro por temporária
Foto: Tua Rádio Cristal.
Mesmo não sendo a responsável pelo inquérito policial que apura os fatos relacionados aos abusos sexuais contra ex-escoteiros no município de Fontoura Xavier, a delegada Fabiane Bittencourt, que responde pela 24ª região policial, com sede em Soledade está totalmente a par da investigações
Conforme a delegada, os primeiros registros iniciaram ainda no final de 2018 e estiveram aos cuidados do delegado Jader Ribeiro Duarte, quando uma vítima procurou a Polícia Civil e relatou fatos atinentes a abuso sexual efetuado pelo líder do Grupo Escoteiro Guamirim do município. Na sequência, mais jovens denunciaram e declararam praticamente as mesmas situações.
De acordo dom Fabiane, durante a apuração dos casos, foram colhidas todas as provas possíveis que possam incriminar o suspeito como o real autor. "Geralmente conseguimos coletar apenas um ou dois tipos de provas. Nestas investigações não. Temos todos os elementos necessários, tanto a prova testemunhal, como a material e a pericial que garantem totalmente a punição do suspeito".
A delegada explica que ao longo do processo policial houve o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na residência do acusado, onde diversos materiais eletrônicos foram apreendidos, como celulares, tablets, HDs, MP3, entre outros.
Nesse sentido, é que houve duas solicitações de prisão do elemento. "Tivemos dois pedidos de prisão efetuados. O primeiro em maio deste ano, quando pedimos a prisão preventiva do indivíduo e eu fui pessoalmente conjuntamente com o delegado Marcos Veloso entregar ao Judiciário. O pedido foi indeferido. Em uma segunda ocasião, optamos pela prisão temporária devido a algumas comprovações por meio de provas periciais, a qual também nos foi negada".
A delegada reafirmou ainda que todas as diligências por parte da Polícia Civil foram tomadas. "Não podemos nos omitir, tudo o que compete a nós foi e tem sido efetuado, porém, não temos a competência e nem a autoridade de prender ninguém a não ser que seja concedida pelo juiz e isso nos ocasiona preocupação pois já que temos provas suficientes para a referida. Enquanto isso, o suspeito está solto e pelo que sabemos pode ter cometido outros abusos sexuais após ter saído de Fontoura Xavier".
No total, são 19 vítimas que constam no inquérito policial e a delegada concorda com a advogada Claridê Chitolina que afirmou existir muito mais, pois, os abusos no Grupo Escoteiro Guamirim, iniciaram em 2007, quando foi criado pelo suspeito de 52 anos e perduraram até 2016, um ano antes do encerramento das atividades do movimento na comunidade fontourense. As crianças e adolescentes vítimas do acusado possuíam na época, segundo Fabiane, entre 10 e 17 anos.
Acompanhe a entrevista no endereço:
https://www.facebook.com/tuaradiocristal/videos/223387131898153/
Comentários