Soledade: acusado de latrocínio de Ivânio foi preso um mês antes e ficou no presídio apenas três dias
Baixar ÁudioNaquela oportunidade, o Ministério Público teve pedido de prisão negado pelo Poder Judiciário
A brutalidade do latrocínio registrado em Soledade no fim de semana que vitimou Ivânio Bernardes Ortiz, 52 anos, ainda é vista com muito espanto pela comunidade soledadense. Moradores seguem até hoje surpresos com a forma como o crime ocorreu e com a crueldade dos criminosos ao amarrarem e esfaquearem a vítima após a terem roubado.
Um fato que veio à tona nesta semana choca ainda mais. Um dos acusados de ter cometido o crime e que confessou a autoria do latrocínio tinha longa passagem pela polícia e havia sido preso um mês antes de cometer este crime.
Conforme o promotor de Justiça, Bill Jerônimo Scherer, o Ministério Público não polemiza acerca das decisões judiciais, no entanto, neste caso específico, um dos apontados autores deste bárbaro latrocínio havia sido preso um mês antes do crime e ficado apenas três dias preso.
“Ele havia sido preso há trinta dias antes do fato e foi solto dois ou três dias depois, contra o posicionamento do Ministério Público, que à época solicitou a prisão preventiva, pois ele havia sido preso em flagrante pela prática de crime de roubo com uso de arma”, contou Scherer.
No dia 4 de agosto, um mês e dois dias antes do latrocínio, a Brigada Militar de Soledade prendeu em flagrante um homem de 29 anos e um menor de idade por terem roubado celulares no bairro Expedicionário.
O homem é o mesmo que confessou o crime de latrocínio contra Ivânio na sexta e preso no domingo. Os criminosos roubaram celulares de duas mulheres que passavam próximo a Igreja Sagrada Família.
Após a prisão as vítimas reconheceram os dois criminosos, sendo o maior foi encaminhado para o Presídio Estadual de Soledade, ainda no domingo dia 4, e o menor foi liberado. Na quarta-feira, 07/08, I.G.P teve a prisão substituída por medidas cautelares, descumpridas por ele no cometimento do bárbaro crime contra Ivânio.
O promotor salienta que o primeiro latrocínio do ano é um fato a ser lamentado e que a região de Soledade está na contramão dos demais locais, seja estado ou país, com diminuição de criminalidade.
“Um latrocínio traz intranquilidade a todos, mas é bom lembrar que todos estão fazendo seu papel para garantir a população um pouco mais de segurança e de pleno exercício de cidadania”, lembrou o promotor.
O Ministério Público aguarda o inquérito policial que ainda tramita a respeito do caso. O MP solicitou um pedido de prisão preventiva para ambos os envolvidos, acatado pelo Poder Judiciário de Soledade nesta terça.
“Conforme a Polícia, a vítima foi atingida com uma paulada na cabeça pelas costas, sem chances de defesa e que depois, amarrada, teria sido esfaqueada e isto, sim, é evidente sinal de crueldade”, finalizou.
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