O atual prefeito de Soledade, Paulo Ricardo Cattaneo, foi uma das principais figuras do MDB na busca pela eleição de Marilda Borges Corbelini e Sérgio Portela da Silva, prefeita e vice-prefeito eleitos de Soledade.

Ele esteve na Tua Rádio Cristal para falar sobre a sua participação nesta campanha, sobre o resultado das urnas e outros assuntos levantados pelos demais políticos que marcaram essa eleição em Soledade.

Antes de responder as perguntas, Cattaneo falou sobre o respeito ao processo democrático e seu histórico na política de muitas derrotas, até conquistar a primeira vitória como prefeito de Soledade.

"Gostaria de dizer que no nosso país nós temos o sistema democrático, ou seja, é o povo que escolhe seus governantes, a voz do povo é a voz de Deus, portanto é importante respeitar a vontade popular, na democracia vence a maioria. Não sou político profissional, mas amo a política, acredito que é uma forma de ajudar a coletividade", afirmou.

Falando de seu histórico na política, Cattaneo lembrou que concorreu pela primeira vez em 1996 no cargo de vereador, sendo eleito; logo após concorreu a vice-prefeito na chapa com Manir Zeni e perderam para Hélio Lodi e Ivo José Stein; concorreu a vice-prefeito na chapa com Rubem Cima e foi derrotado por Cainelli e Vizzoto; concorreu a deputado estadual em 2010 obtendo 11 mil votos e depois, concorreu duas vezes a prefeito, uma com Roberto Coletti e outra com Marilda Borges Corbelini, logrando êxito.

"Falei do meu histórico porque a gente tem que aprender que quando tu entra na disputa existe dois resultados apenas, você vai se eleger ou não vai se eleger. Se você não está preparado para não se eleger, não entre na política, porque se não você vai cometer injustiça com outras pessoas", destacou.

Quanto a sua participação na eleição de Marilda e Serginho, Cattaneo informou que os méritos são dos candidatos e a única participação dele foi com o trabalho que está sendo feito como prefeito de Soledade.

"Minha participação é a do meu trabalho enquanto prefeito, até o dia 31 de dezembro vou trabalhar da mesma forma com afinco, determinação, honestidade e seriedade, e a eleição nada mais é do que uma análise do atual momento. Mas o mérito é da Marilda e do Serginho", enfatizou.

Já sobre a disputa entre velha e nova política, termos que foram muito utilizados nas eleições deste ano, o atual prefeito de Soledade afirmou que a nova política venceu, aquela que coloca o ser humano em primeiro lugar.

"Venceu a nova política. Pra mim é colocar o ser humano em primeiro lugar sempre, valorizar as pessoas; o dinheiro, o capital é importante, mas não adianta, as pessoas tem que ter renda, tem que ser felizes, o conjunto de um município passa pela condição de vida das pessoas, temos que melhorar a renda per capita, aí sim se evolui, essa é a nova política", falou.

Em relação ao uso da máquina pública para angariar votos em Soledade, Cattaneo foi incisivo de que o ano eleitoral restringiu muito a sua profissão como gestor e que pedia autorização para o setor jurídico para fazer qualquer coisa.

"Eu disse que como prefeito vou trabalhar até o último segundo como prefeito, como gestor, trabalhando em benefício da comunidade, não vou deixar de ser prefeito porque tem eleição. Ano de eleição é difícil, deixei de fazer muitas coisas em função da limitação por ser ano eleitoral. Eu tinha que pedir pro Jurídico, muitas vezes disseram que eu não podia fazer esse ano, porque era ano eleitoral", concluiu.

Cattaneo finalizou dizendo que não cabe creditar a derrota ao uso da máquina pública. "O que que é usar a máquina pública? Acho que não cabe isso. Ouvi que tinha gente de espingarda e nós tava de metralhadora... nós tava de bodoque. As pessoas mais ricas apoiavam a candidatura que não era a nossa. A nossa arma maior é o resultado positivo", finalizou.