O desaparecimento de Paula Schaiane Perin Portes entrou na sua segunda semana sem que se haja notícia de seu paradeiro. As investigações por parte da polícia civil continuam na tentativa de elucidar o caso, no entanto as dificuldades encontradas parecem ser grandes, o que se tem de concreto são apenas as prisões de três pessoas suspeitas de participação no caso, e sabe-se de uma quarta pessoa suspeita, que é considerado foragido da justiça.

Agora, neste contexto, surge a participação dos advogados de defesa deste homem que se encontra em local incerto, sendo procurado da justiça.  

Manoel Pedro Castanheira, Marco Mejia e Cristian da Costa, advogados de defesa do suspeito citado acima, na tarde desta quarta-feira, 24/06, através de uma live, abordaram a situação relativa ao cliente de ambos.

Inicialmente, o advogado Manoel Pedro Castanheira informou que a defesa do “menino” passa a ser exercida pelos membros da “confraria criminal”, composta pelos advogados já citados, e que de imediato, após terem tomado conhecimento de todo o inquérito até o presente momento, passariam a fazer uma investigação paralela que irá acompanhar os passos, e, muitas vezes, ladear os passos da investigação policial.

“É de nosso interesse maior que este fato seja plenamente elucidado, nós temos a convicção e certeza de que ao final, com a elucidação do caso o nosso constituinte deverá ser inocentado de qualquer acusação que vem sendo feita a ele até o presente momento”, declarou Castanheira.

Manoel fez questão de enaltecer a qualidade de seus pares na confraria, que desenvolvem seu trabalho em todo o Brasil, trabalhando arduamente pela constituição de uma defesa forte, séria, ética, e que acima de tudo auxilie o poder judiciário no desenvolvimento e na conclusão dos projetos que lá aportam.

Marcos Mejia, também advogado do foragido, falou sobre a tentativa da defesa de apresentar seu cliente à polícia.

Segundo o profissional, ao estudar e analisar o processo se diz tranquilo em afirmar de que seu cliente não tem participação alguma no fato. Para Mejia as provas contundentes virão no desenvolver do processo e estas mostrarão a inocência do foragido através de provas, sendo que, no entender do advogado, o mesmo não tem antecedentes fartos que pudessem cometer um crime com esta gravidade, não possuí índole má, além do conjunto de provas alicerçadas no processo.

Mejia afirmou que a defesa trata o caso como desaparecimento e não de homicídio e entende que o cliente é completamente inocente.

Marco Mejia deixou claro que conversarão com o delegado responsável pelo caso no sentido de poder apresentar seu cliente em uma delegacia que possa dar segurança ao mesmo, pois, conforme o advogado, o mesmo está correndo risco de vida, ameaças diretas a ele e seus familiares vem ocorrendo com frequência nas redes sociais.

“Queremos apresentar o nosso cliente o quanto antes ao poder judiciário e a polícia para que ele possa colaborar e contribuir com a investigação, como também garantir que o cliente sobreviva ao acontecimento, pois as ameaças são constantes”, enfatizou.

Ouça a entrevista na íntegra, no player de áudio acima.