Em meio a polêmica com a nova tabela de fretes, Associação de Caminhoneiros de Soledade descarta greve
Governo suspendeu nova tabela para evitar nova paralisação dos caminhoneiros
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) definiu uma nova tabela de fretes no dia 16 de julho que desagradou grande parte dos caminhoneiros em todo o país. Nesta segunda-feira, 22/07, a própria ANTT decidiu suspender a nova tabela com medo de uma nova greve.
Para Volnei Cardoso, da associação dos caminhoneiros de Soledade, a medida do governo foi de cautela por medo de uma nova paralisação como a que aconteceu em 2018 por onze dias. Sobre a tabela, ele salientou que é necessário encontrar um meio termo, entre indústria e agronegócio com os caminhoneiros.
Conforme Cardoso houve a redução de mais de 30% no preço dos fretes nesta nova tabela de fretes e que, em muitos locais do país, os caminhoneiros mostraram seu descontentamento com a tabela através de paralisações.
"Essa tabela ficou muito baixa, ela foi baseada no custo e não contempla nenhum tipo de lucro do caminhão, pro caminhoneiro. Para a ANTT, as empresas deveriam pagar o lucro acima da tabela, mas se a tabela diz que aquele é o mínimo, os empresários não vão pagar mais que isso”, contou.
Sobre a possibilidade de uma greve, Volnei foi incisivo. “Hoje eu digo que é muito difícil ter uma paralisação na região, pode acontecer, mas há um diálogo acontecendo e a gente vê a greve como uma medida extrema, somente em últimos casos, quando não há conversa”, explicou.
Volnei finalizou dizendo que melhor fruto da paralisação de 2018 foi o reconhecimento da importância dos caminhoneiros e de seu serviço para o país. "Quando faltou combustível, gás e até comida nas prateleiras, aí sim entenderam o quão importante é a profissão no Brasil”, pontuou.
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