Precisamos falar sobre a depressão: ajuda profissional e familiar são cruciais para tratamento
Psicóloga alertou sobre sintomas e sobre como funciona o tratamento
A depressão ainda é um tabu no Brasil. No entanto, cada vez mais frequente na sociedade, o tema deve ser mais abordado para identificar e auxiliar na recuperação daqueles que sofrem com essa doença que assola o século no mundo todo.
A psicóloga Naya Susan Becker esteve na Tua Rádio Cristal para falar sobre esse assunto, sobre o depressão, os sintomas, as dúvidas e o tratamento desta doença que ainda está sendo estudada.
A depressão é um distúrbio comportamental que pode ser causado pro problemas psicológicos ou também biológicos, quando há alteração no circuito neuronal, ou seja, os neurotransmissores não conseguem mandar a carga certa para os neurônios.
Ainda sem explicação científica, a depressão se caracteriza pela perca de interesse em atividades que antes eram agradáveis, oriunda de uma baixa auto estima, a pessoa com o distúrbio não tem mais vontade de fazer nada.
"E é aí que começam os sintomas mais graves como o isolamento social, o choro sem motivo, a angústia, a preocupação constante com tudo, alteração no sono ou sonolência durante o dia, falhas na cognição, perdendo a concentração, excesso de peso ou diminuição de peso de forma excessiva", revelou Naya.
A psicóloga lembrou ainda que cada caso de depressão é um caso totalmente diferente e deve ser analisado individualmente por um profissional. Existe também diferença entre a depressão e episódios depressivos, que duram certos momentos e dias, mas logo a pessoa volta a ter sua vida normal.
Já com a depressão, os sintomas são analisados cada vez mais profundos e causando cada vez mais isolamento da pessoa. Há ainda a depressão recorrente, quando os episódios depressivos vem e vão com certa frequência.
A principal orientação em casos com esses sintomas é procurar a ajuda profissional, mas não só isso: a família tem papel fundamental no tratamento de uma depressão. "A família tem total importância no tratamento. Quando notarem que um familiar está com os sintomas, é importante tentar chegar com uma maneira gentil, carinhosa, conversar, dizer a ela que vai acompanhar, que vai fazer tudo pra auxiliar a pessoa", contou Naya.
Contudo, Naya frisou que não basta a família estar preocupada com a pessoa com depressão, ela mesmo precisa querer o tratamento. "A gente recebe muitos casos que a família acompanha, mas a pessoa não quer se tratar, porque é muito mais fácil não fazer nada. Não é fácil levantar, mas a pessoa tem que ter esperança que tem recuperação. É bom que a gente fale do tema, pra mostrar que quando a gente pega uma depressão no início a pessoa já apresenta melhora com tratamento em poucos dias, basta se tratar", pontuou a psicológa.
Sintomas para prestar atenção:
Tristeza ou com um humor deprimido;
Perda de interesse ou prazer em atividades antes apreciadas;
Alterações no apetite – perda de peso ou ganho não relacionado à dieta;
Problemas para dormir (insônia) ou dormir demais;
Perda de energia ou aumento da fadiga;
Baixa autoestima e presença de sentimentos de culpa;
Dificuldade para pensar, concentrar ou tomar decisões;
Pensamentos de morte ou suicídio;
Os sintomas devem durar pelo menos duas semanas para um diagnóstico de depressão.
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