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Após polícia e vítima viajarem mais de 300 km, IGP alega falta de servidores para atender a região

por Nayam Franco

Vítima de estupro em São José do Herval teve que ser levada para Erechim

Foto: Adriana Franciosi / Agencia RBS

Uma mulher, vitima de estupro em São José do Herval, por volta das 14h de sábado, 28/11, só foi liberada após registrar a ocorrência na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Soledade após às 2h da madrugada de domingo, 29/11.

A demora se deu em virtude de que não havia médico perito na região de Soledade, com isso a vítima teve que ser levada por policiais civis até a cidade de Erechim, a 157 Km de distância de Soledade, somado o trajeto de ida e volta, foram feitos 314 Km.

Neste terça-feira, 01/12, a Tua Rádio Cristal conversou com Ricardo Telló Dürks, coordenador regional de Passo Fundo do Instituto Geral de Perícias (IGP). Ele explicou sobre o que aconteceu neste caso.

Segundo Dürks, a regional de Passo Fundo atende 151 municípios e tem quatro postos - dos seis previstos - para atendimento de toda a região. Devido a carência de servidores o comando precisa fazer um escalonamento de atendimentos para atender a todos.

Conforme o coordenador, em Soledade, o posto médico legal que atende a região possui apenas um médico - Sérgio Pedroso - que atende durante os dias de semana e, aos fins de semana, o IGP funciona por plantões nos Institutos Médicos Legais (IML) da região.

Neste fim de semana em questão, Erechim era o local onde o plantão estava atendendo. Como se tratava de um caso de estupro, apenas o médico perito podia realizar o exame necessário para confirmar o abuso e, por isso, foi necessário que os policias levassem a vítima para Erechim, onde foi atendida.

Ricardo reconhece que a situação não é a ideal para atender toda a região, mas é a única possível para manter os atendimentos a todos os municípios que integram a regional de Passo Fundo.

"A gente sempre trabalhou com um quadro muito enxuto, então, quando temos a saída de um médico legista, seja por qualquer motivo - e agora maximizado pela pandemia do coronavírus - precisamos repor de alguma maneira, mesmo não tendo o efetivo necessário. Não é o ideal, a gente sabe das dificuldades, mas é o que podemos fazer", finalizou alertando que a defasagem chega a 30, 40% de servidores.

 

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