Sobrinha é suspeita de esconder o corpo do tio para continuar recebendo aposentadoria em Vacaria
A mulher está presa preventivamente no Presídio Estadual de Vacaria
Foto: Divulgação/Polícia Civil
Em depoimento à Polícia Civil de Vacaria, uma mulher de 48 anos suspeita de esconder o corpo do tio Valdomiro Xavier, 78 anos, assumiu o crime e disse que agiu sozinha. O nome dela não foi divulgado pela polícia em razão da Lei de Abuso de Autoridade.
Segundo o delegado Anderson Silveira de Lima, a mulher relatou, sem falar em data, que foi ao quarto do tio e, como ele não se mexia, tocou nele e percebeu que estava morto. Em seguida, ela enrolou o corpo dele em uma coberta e arrastou-o pela casa até a escada que dá acesso ao pátio. Depois, levou até o depósito que fica nos fundos da residência e do qual apenas ela tem a chave, deixando o cadáver lá dentro.
Passados dois dias, ela foi ao depósito com sacos plásticos, envolveu o corpo do tio, o vedou com fitas adesivas e o colocou dentro de uma espécie de armário de metal. Era lá que ele estava até esta quarta-feira, 21/10, quando a polícia o localizou.
O delegado conta que não era possível sentir nenhum tipo de cheiro, mesmo dentro do depósito. Somente quando os policiais desenrolaram o corpo é que se percebeu o avançado estado de decomposição. Conforme Lima, é provável que tenha decorrido entre seis meses e um ano desde a ocultação.
A mulher está presa preventivamente no Presídio Estadual de Vacaria desde o flagrante feito na quarta-feira. A polícia segue investigando há quanto tempo a vítima está morta, quantas parcelas do benefício ela recebeu indevidamente e se a morte foi natural, como alega a sobrinha.
Entenda o caso
Foi a dificuldade de contatar o militar que causou estranheza entre familiares dele. Apesar de morar com uma sobrinha, outros parentes não conseguiam ter acesso a ele por telefone ou pessoalmente. O mistério foi desfeito no final da manhã desta quarta-feira: Xavier estava morto havia meses e seu corpo permanecia escondido em um saco dentro de um cômodo nos fundos da casa, segundo apurou a polícia.
Segundo a polícia, a sobrinha não queria que ninguém soubesse da morte para que pudesse seguir recebendo a aposentadoria do tio e, assim, usar o dinheiro em proveito próprio.
A mulher foi presa em flagrante por ocultação de cadáver, crime com pena prevista de um a três anos de detenção. A fiança foi arbitrada em R$ 20 mil, que não foi paga. Ela não tinha antecedentes criminais.
Informações: Poatã/GZH
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