Polícia Federal cumpre ordem judiciais em investigação que apura morte de cacique indígena
Operação Mig tem a participação de 65 policiais federais que executam 9 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão
Foto: Divulgação/Polícia Federal
A Polícia Federal cumpre, na manhã desta terça-feira, 26/11, 19 ordens judiciais em inquérito que apura o homicídio do cacique Antônio Mig Claudino, ocorrido em 2017, na Reserva Indígena Serrinha, no município de Ronda Alta. A Operação Mig tem a participação de 65 policiais federais que executam 9 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão nos municípios gaúchos de Pelotas, Ronda Alta, Planalto, Constantina e Três Palmeiras, e em Chapecó, no estado de Santa Catarina.
O inquérito policial apurou que o crime foi minuciosamente planejado, tanto para garantir a execução da vítima quanto para prejudicar a investigação. Ao menos uma testemunha do crime teria participado da ação, com o objetivo de atrair a vítima e, posteriormente, fornecer informações desconexas aos policiais. A investigação indica que dois “matadores” que atuam no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina foram contratados por pelo menos quatro indígenas da região para realizar a execução, motivada pela disputa pela liderança, dinheiro oriundo de arrendamento de terras indígenas e vingança.
Durante os dois anos de investigação, diversas diligências foram realizadas, inclusive a reconstituição do crime, oitiva de aproximadamente 60 pessoas, perícias e troca de informações com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A ação realizada nesta terça, tem por objetivo confirmar a participação dos investigados no homicídio e acrescentar novos elementos às informações já coletadas. A Operação tem o apoio das polícias Militar e Civil do estado de Santa Catarina.
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