Razera integra Força Nacional na Usina de Belo Monte
Policial militar, lotado em Serafina Corrêa, colabora na segurança da construção da maior usina hidrelétrica do mundo na atualidade
Foto: Divulgação
A preocupação com a segurança do canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte, no Estado do Pará, fez com que os empreendedores da usina incluíssem, no plano para a instalação dos alojamentos da obra, quartos para abrigar homens da Força Nacional. A necessidade da medida é em função das constantes ameaças de confrontos com indígenas e também por causa do quebra-quebra ocorrido na hidrelétrica de Jirau, no início de 2012. O uso da Força Nacional, que não divulga a quantidade de servidores presentes na operação, se justifica por se tratar de obra considerada estratégica para o país. As tropas ocupam oficialmente a região desde o fim de março de 2013.
É neste ambiente, de muito trabalho dos operários e confrontos pelas terras, que se encontra o policial militar Vinícius Razera, lotado no quartel da Brigada Militar de Serafina Corrêa. O rapaz, que tem sua história de vida voltada para defender a segurança e promover a paz, é um dos servidores dos quatro cantos do Brasil que estão em operação especial em Altamira. Ele integra a Força Nacional desde 2013 e foi convocado pelo Governo Federal para colaborar nas atividades de segurança nos três sítios (Belo Monte, Bela Vista e Pimentel).
“Fui mobilizado no mês de março para cooperar com a Força Nacional na segurança dos operários que estão construindo a Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Passamos por treinamento na Capital Federal e, posteriormente, nos deslocamos para Altamira/PA. Esta é a maior obra em construção do mundo e a usina será a terceira do mundo, atrás da chinesa Três Gargantas, com 22,5 mil MW, de da binacional Itaipu, com 14 mil MW. A Força Nacional só está na em operação na Hidrelétrica porque houve conflitos e situações que atentaram contra a lei e a ordem”, disse Razera.
O uso das tropas da Força Nacional, segundo Razera, tem o objetivo de garantir a segurança das pessoas (operários, indígenas e ribeirinhos), do patrimônio e a manutenção da ordem pública durante a construção do empreendimento.
“Seguidamente acontecem bloqueios, com a clara intenção de paralisar a obra, por parte dos indígenas, ribeirinhos e operários. Os índios acreditam que a construção da hidrelétrica afetará seu território. Os ribeirinhos por perderem parte das suas propriedades e os operários por estarem insatisfeitos com as atividades no local”, destacou.
Razera afirma que os servidores da Força Nacional estão sempre prontos para qualquer eventualidade e diariamente passam por treinamento de situações de risco que podem enfrentar no canteiro de obras.
“Diversas vezes fomos acionados para atuar nas rodovias, pois os índios fecham os acessos e impossibilitam a passagem, a entrada e saída de veículos. Também atuamos no refeitório do acampamento em um protesto de aproximadamente 400 operários, entre outras situações”, disse o policial.
Razera ainda não sabe quando retornará para o policiamento ostensivo na cidade de Serafina Corrêa. O certo é que o policial militar, integrante da Força Nacional, está garantindo, junto com seus colegas de farda, a paz no maior empreendimento em construção do mundo.
Comentários