Em andamento desde 2008, e já tendo utilizado mais de R$1,5 milhão de recursos públicos, entre emendas parlamentares e recursos locais, a quarta etapa da obra da Casa da Cultura de Sarandi deve iniciar nos próximos dias.

Segundo o Secretário Municipal de Obras Urbanas e Trânsito de Sarandi, Carlos Eduardo Portes da Silva, a obra sofre com as consequências do descaso. “Causa um certo espanto. O telhado não foi acabado. É uma obra que começou em 2008. Estamos em 2021 e o telhado não foi acabado. Quando digo que é descaso, é por que houve um descaso mesmo. Se tu tivesses um interesse que aquilo ali funcionasse e não estragasse, a primeira coisa que deveria ser feita é ter fechado o telhado. Isso não foi feito. Com o tempo a obra foi deteriorando.” Analisa.

Para Denise Gelain, Secretaria de Educação de Sarandi, a Casa da Cultura nasceu com o sonho de colocar o município na rota dos grandes eventos. Porém, ela lamenta a falta de interesse na obra, que após transição de governo municipal, foi paralisada. “Faltou vontade política, planejamento e desejo de finalizar a obra. Faltou aportes de recursos públicos para o término. Isso é muito preocupante, pois uma obra só faz sentido a partir do momento onde ela começa ter uso para a comunidade.” Diz ela.

Ainda segundo a Secretária Denise, a atual Administração assumiu a responsabilidade de finalizar a obra, com a preocupação de seguir análises técnicas que deem condições reais e seguras para a obra e posterior uso. Ela salienta ainda que antes mesmo do término da obra, parte da estrutura já poderá ser utilizada. “Ali é um espaço propício para cultura ser apreciada e vivenciada pela população. Temos várias salas, que poderão ser utilizadas antes do termino total, para uso de oficinas e espaços de educação e cultura. Então, já poderão ser utilizados pela população, profissionais da área e artistas.”  Explica ela.

Carlos afirma que o Poder Público está trabalhando para agilizar a obra. A quarta etapa inicia nos próximos dias, e a quinta etapa já está sendo analizada e preparada. Segundo ele, ainda não é possível fixar prazos ou recursos adicionais frente aos problemas estruturais da obra. “Ainda não conseguimos estimar valore e prazos. O prazo é o mais rápido possível.” Diz ele.