Poder Público dá início à recuperação da famosa “rua da vergonha”
Parte da João Manoel Pereira, trecho de 600 metros lineares, receberá pavimentação em pedra basalto (paralelepípedos)
Foto: Eduardo Cover Godinho
A rua João Manoel Pereira, via urbana que liga os bairros São José até o Santo André – passando pela área central e Nossa Senhora do Carmo (Pinheirinho), receberá um tratamento diferenciado no lado Norte. Em trecho pavimentado em pedra basalto (paralelepípedo), entre a rua Zemiro Sebben e Avenida Silvio Sanson, a recuperação será total. Os cerca de 600 metros lineares de trafegabilidade apresentam imperfeições no pavimento que a classificam há mais de uma década como a “rua da vergonha”.
A intenção do Governo Municipal, ainda na gestão 2013/2016, era pavimentá-la em concreto betuminoso a quente (CBUQ), ou seja, em asfalto de qualidade. A via faz parte do chamado anel viário que desvia o trânsito de veículos pesados na área central pela Av. Silvio Sanson. Porém, uma ação, impetrada pela Associação Ecológica Vida e Meio Ambiente (VIME), tramita no Poder Judiciário. Recursos estavam alocados, mas estes tiveram que ser utilizados em outro trecho (rua Nabuco de Araújo). Em 2017, o Poder Público, gestão 2017/2020, modificou o projeto para que o mesmo se adequasse a realidade e ao pedido dos ambientalistas.
“De fato é a pior rua de Guaporé e é uma via de ligação da área central para o bairro São José. Colocamos como prioridade nas discussões do Plano Diretor Municipal e, dentro dos grupos temáticos, definiu-se pela manutenção do canteiro central nos quatro metros de largura, um melhor ajardinamento e a pavimentação se daria em asfalto”, disse o secretário de Coordenação, Planejamento e Desenvolvimento Social, Vilson Vicente Biessek.
O processo licitatório, com recursos do Badesul, havia sido realizado para a execução da obra. O valor se aproximaria dos R$ 870 mil e a empresa vencedora é a Concreprata.
“Por forma de uma decisão judicial estamos impedidos de contratar a empresa para a execução do asfaltamento. Cumprimos a decisão e esta encontra-se em análise na segunda instância, sem prazo para decisão. Diante da situação, o Poder Público mudou a forma de pavimentação. Será realizada uma recuperação em pedra basalto”, destacou.
A troca dos paralelepípedos, sem alterações no tamanho e formato do canteiro central, abrangerá uma área aproximada de 8 mil m2 do cruzamento com a Avenida Silvio Sanson até a rua Zemiro Sebben. As pedras basalto irregulares serão trocadas por novas, que apresentem uniformidade para que a trafegabilidade flua sem problemas para os veículos. A base receberá alinhamento e reforço com a colocação de pedras e pedriscos.
“Num primeiro momento serão substituídos três mil m2. E encaminharemos um novo projeto para o Badesul para a troca dos outros cinco mil m2. A obra, é bem verdade, demorará mais do que se fosse realizada em asfalto. É lenta porque necessita da retirada dos paralelepípedos, da realização de nova base e a colocação das novas pedras. Diante da situação, não temos outra saída”, afirmou Biessek.
Na primeira semana de setembro, a secretaria de Obras e Viação, juntamente com o Departamento de Trânsito, efetuou o trancamento da rua, na altura da Av. Silvio Sanson, e iniciou a retirada das pedras. Serão investidos cerca de R$ 350 mil para a substituição dos 3 mil m2, que totalizam 200 metros lineares.
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