Em meio à estiagem, plantação de milho se destaca na propriedade da família Pelizza
São 10 hectares de área na Linha Segunda (Comunidade São Pedro) que produzirão cerca de 55 toneladas para silagem
A estiagem que assolou milhares de lavouras no Rio Grande do Sul, prejudicando a safra 2021/2022 das culturas do milho (grãos e silagem), uva, soja, erva mate, entre outras, e proporcionando momentos de aflição a muitos agricultores com a falta de água para o consumo humano, não conseguiu se estabelecer em 10 hectares de uma propriedade na zona rural de Guaporé. Na Linha Segunda (Comunidade São Pedro), a família Pelizza comemora a produção de milho para silagem. A área tem resistido à escassez de recursos hídricos (chuvas) verificada ao longo dos meses de outubro de 2021 e até a metade de janeiro deste ano.
As plantas estão altas, com caules fortes, folhas grandes, com espigões (espécie de flor) visíveis e espigas. A variedade de milho é da Bravant 2b688. A situação só está desta forma, afirmou Evandro Pelizza, graças ao diálogo e as informações técnicas observadas e compartilhadas com os profissionais que atuam no Escritório da Emater/RS-Ascar de Guaporé e com outros profissionais das revendas.
“Mesmo com a seca a lavoura está perfeita. Fizemos o que a Emater sempre fala sobre cobertura e adubação orgânica. Temos que valorizar o trabalho da Emater. Seguimos as orientações e resultado virá, graças a Deus”, disse.
Conforme Perin, o produtor investiu no solo e isso foi fundamental para que não houvesse perdas significativas na produtividade da safra de milho.
“Solo saudável é fundamental para o bom desenvolvimento das plantas. Se o agricultor efetuar uma adubação orgânica com produtos de qualidade, realizar a cobertura adequada e efetuar uma rotatividade de cultura, com certeza o rendimento aumentará. O Pelizza segue os padrões que recomenda a EMBRAPA”, afirmou.
Perin complementou: “a estiagem provoca efeitos diferentes em cada lavoura, em cada propriedade. Observa-se claramente que em áreas mal conduzidas, os danos são maiores. Agricultores que investem em cobertura e aumento da matéria orgânica no solo tendem a produzir mais. Colocando mais raízes no sistema, há menos danos”.
Além do cultivo de grãos, a família Pelizza possui confinamento de 70 bovinos de corte e 60 matrizes para a produção de bezerros. A diversificação na propriedade rural, que tem 70 hectares, tem sido fundamental para o sustento da família e a continuidade das atividades no setor primário, destacou Perin.
“Nosso produtor rural é consciente e tem investido cada vez mais. As fontes de renda dentro das propriedades não estão, há muito tempo como tempos percebido, voltadas só para a plantação de grãos, por exemplo, ou na criação de animais. Os agricultores estão diversificando e isso tem oportunizado mais benefícios. As operações diárias são mais complexas, porém, é possível obter ganhos econômicos, ao longo de todo o ano e não apenas na safra ou quando comercializará os animais”, destacou o engenheiro agrônomo.
A família Pelizza, que dialoga com as orientações da Emater/RS-Ascar, deve servir de inspiração para todos aqueles que buscam ter segurança no campo. A estiagem é uma certeza diante das mudanças climáticas. Saber utilizar tecnologias e compreender a natureza são fundamentais para diminuir os danos.
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